Considerações a respeito deste blog

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A Ascensão do Pobre

Conta a lenda que rico quase não procria.
Esta mesma lenda diz que pobre procria pra caramba.
Se esta lenda fosse verdadeira, a taxa de ricos tenderia a zero com o passar dos anos.
Esta lenda parece verdadeira, mas a taxa de ricos nunca foi em direção a zero. Digamos que a taxa de ricos se mantém constante e próxima de 5% há séculos. Este é um número alegórico para representar uma taxa pequena.

Se a lenda do rico que quase não procria e pobre que procria demais for verdadeira e a taxa de ricos for mesmo constante, de onde estão vindo estes ricos excedentes, já que a população está sempre crescendo?

Há movimentação de pessoas das camadas inferiores para as superiores, independente da vontade, esforço ou capacidade, por culpa da nossa configuração social.

Digamos que "rico" é uma vaga a ser coberta pelo contingente disponível. Não havendo "ricos" suficientes para ocupar as vagas de "rico", as vagas restantes são ocupadas por "pobres".

Toda vez que alguém diz "Eu venci na vida", eu escuto "Eu estou ocupando uma vaga de rico que ninguém sabe que existe".

É claro que vontade, esforço e capacidade são importantíssimos para a sobrevivência. Eu falei sobrevivência. Eu não falei ficar ou ser rico. Vontade, esforço e capacidade são diferenciais de pobre pra pobre em vagas que ricos nem pensam em por os pés.

Quando um pobre consegue uma vaga de rico, a primeira coisa que faz é se iludir, é dizer para si mesmo e cuspir nas caras de todos que foi por merecimento, vontade, esforço, capacidade, inspiração divina ou qualquer outra culpa que suas neuroses possam produzir.

Existe uma espécie de loteria com as "vagas de rico para as quais não há ricos suficientes". Os pobres nem conseguem entender que estão em uma loteria. Todos pensam que estão em competições. Para estas vagas, não é necessário ser imensamente capaz, é suficiente ser suficientemente capaz.



Eu gostaria que pessoas mais capazes do que eu usassem minhas inspirações para criar textos mais abrangentes.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Super Heróis

Durante os últimos 150.000 anos, a humanidade criou histórias para os mais variados fins.
Basicamente, tudo que temos hoje sempre existiu, sendo que antigamente era tudo falado e hoje temos áudio, visual e até cadeiras que se mexem.
Foram histórias do dia a dia, fantásticas, de superação, com fundo moral, instrutivas.
Sempre houve os personagens cativantes e os romances.

Aquilo que chamamos hoje de Super Heróis teve outros nomes. Deuses, semi-deuses, grandes homens, varões, xerife, sobrevivente, anjos, os escolhidos, o irmão mais velho. Foram tantos nomes e tantas histórias já contadas.

Na dramaturgia atual, as histórias de super heróis que eu considero "as mais cativantes" são as histórias de origem do super herói, de onde veio e sua inspiração para ajudar.

Quem está habituado a ver filmes e séries sempre observa que são todos muito parecidos. Eu vi isso com vídeo-games. A maioria dos jogos de tiro de primeira pessoa são tão parecidos. Do mesmo jeito, salvo um ou outro milagre criativo, eu considero os filmes de super heróis muito parecidos uns com os outros. É geralmente alguém que veio de um lugar distante com dramas familiares, tem o super vilão, tem a derrota ou quase derrota seguida de sua irmã siamesa (a superação), tem que ter romance ou não é filme de super herói. Ah! Não pode faltar a grande conspiração contra toda a humanidade, que o super herói irá deter de forma brilhante e comovente.

É claro que há algumas histórias muito distintas de super heróis, mas há uma espécie de fórmula padrão, que estão todos "querendo" seguir, o que eu considero um desperdício de criatividade e oportunidade.

Recentemente, talvez para poderem fazer continuações, converteram os super heróis em "grandes trabalhadores". Estão todos a trabalho. Estão todos resolvendo problemas com seus super poderes. Quase todos trabalham para algum tipo de organização militar, paramilitar ou governamental. O encanto da origem foi substituído pela angústia do dia a dia, pelo menos, nas continuações. Isso acaba confirmando a lenda "Toda continuação é pior que o original".

Não há nada de errado em não gostar deste tipo de história. É esperado que muitos não gostem. Esperar que 100% das pessoas gostem da mesma coisa é uma expectativa tola. Entretanto, estas histórias existem e são um sucesso há milênios. A mais antiga que eu lembro é o Mito de Gilgamesh, um poema babilônico.

Tenha um bom divertimento com o gênero de história que você preferir !

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Tendência Moderna para o Veganismo

Todos os animais, que outrora teríamos que matar para poder ingerir os nutrientes previamente processados de seus corpos, já que nunca pudemos ingerir in natura do solo e sempre nos faltou conhecimento para ingerir apenas na forma de vegetais, atualmente são mortos por outras pessoas ou por máquinas para nos atender.

Um açougueiro pode abater 30 frangos por dia. Digamos então que seria 1 pessoa em contato com a morte e 90 pessoas sem, já que ninguém come um frango inteiro sozinho por dia.

A vida convivendo com a produção em larga escala arrancou o contato com a morte da esmagadora maioria das pessoas. Há décadas, nós colhemos carnes, peixes e frangos nos supermercados, como quem colhe vegetais em árvores ou no chão. Aliás, se não tivessem nos contado se tratar de um animal, pensaríamos que coxa de frango é uma fruta igual à pêra, sendo que a coxa de frango nasceria na "frangueira".

O quê nós fazemos? Sabemos que é morte, mas não sentimos que é morte. Há uma espécie de bloqueio mental. Talvez culpa do marketing ou de algo maior, da cultura. Continuamos consumindo. Entretanto, há um sutil, imperceptível e não falado “não toquemos no assunto”.

Uma vez que não estamos mais nos tornando acostumados à morte, sentimos aflição ao vermos um animal sendo morto, mesmo que para atender ao costume de comer carne, que também é nosso.

Essa configuração não mudará jamais. A produção em larga escala veio para ficar. Então, jamais haverá uma população “industrial” habituada à morte. Mesmo países, como a China, onde a escassez de alimentos criou a cultura de usar qualquer animal como alimento, não têm forças para deter essa tendência.

Pessoas mais velhas acham bobagem. Muito provavelmente, elas tiveram mais contato com a morte do que as últimas duas gerações.

Todo abatedouro é um serial killer gentil, simpático e prestativo com os clientes, fregueses e amigos, mas frio, calculista e objetivo com suas vítimas.

Crescemos tratando os animais como amigos e até protetores. De repente, já estão nos nossos pratos e nem pensamos que um dia estiveram vivos. O quê é isso? É frango, uma espécie de batata.

Eu prevejo uma forte tendência ao “veganismo” para as próximas décadas, justamente por causa da perda do milenar contato com a morte unida ao saber, ao conhecimento, que, apesar de ser o inimigo número 1 dos aproveitadores e charlatões, também pode ser usado para forçar um mercado a mudar.




sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Investimentos em Educação

Preços de alguns cursos superiores no início de 2018.

Curso Superior Investimento por todo o período cursado Rendimentos se fossem investidos em produtos financeiros
1% 5%
Administração 31.680,00 316,80 1.584,00
Ciências Contábeis 18.240,00 182,40 912,00
Ciências Econômicas38.400,00 384,00 1.920,00
Direito 48.000,00 480,00 2.400,00
Engenharia Civil 33.600,00 336,00 1.680,00
Farmácia 54.000,00 540,00 2.700,00
Logística 13.920,00 139,20 696,00
Matemática 11.040,00 110,40 552,00
História 19.440,00 194,40 972,00

Se, no lugar de investir em educação, invistir em poupança, ganhará 1% ao mês sem impostos e sem prejuízo do dinheiro investido. Investimentos melhores dão uns 5%. Mais do que isso é raro e arriscado. Tudo isso já compensando a inflação.

Qual salário uma pessoa tem depois de formada?
Se ultrapassar os 5%, vale a pena estudar.
Se não ultrapassar os 5%, vale a pena investir em produtos financeiros.

Normalmente, o investimento em educação é "O Melhor", pois geralmente os rendimentos (salários) são superiores aos dos investimentos financeiros.

Esta é uma projeção "rústica", para servir de inspiração e até orientação.
Não dispensa um cuidadoso estudo de caso para quem for investir.



Imóveis

Quem trata mal o imóvel?
- Quem mora pagando aluguel, porque não é seu.
- Quem é dono, mas aluga para terceiros, porque não quer beneficiar os outros à toa.
- Quem constrói para alugar faz de qualquer jeito, sem esmero, sem cuidado, porque não se importa com o outro.
- Quem vai morar pouco tempo no local não se importa com os arredores, porque vai sair daquela porcaria em breve mesmo!

Quem trata bem o imóvel?
- Quem mora em imóvel próprio.
- Bancos, restaurantes e lojas.
- Quem constrói para morar faz do melhor jeito, com esmero, com cuidado, porque vai morar lá e quer o melhor para si mesmo.
- Quem vai morar muito tempo no local quer tudo perfeito para receber parentes e amigos, inclusive os arredores.

Isso significa que o costume de morar pagando aluguel e de colocar imóvel pra alugar são responsáveis pela degradação física das partes das cidades, que ficam longe dos centros.

"Não comprar imóvel" é mais barato inclusive quando temos todo o dinheiro para comprá-lo à vista. O principal motivo para uma compra é imobilizar o dinheiro, porque a gente sempre acaba gastando. Em segundo lugar está a personalização de ambiente. Nunca é economizar dinheiro ou lucro, mesmo se o dono disser que é pra isso.

Comprar imóvel para alugar não é o melhor investimento que existe, apesar de ser válido, porque quase não dá prejuízo. Entretanto, existem produtos financeiros seguros e muito mais rentáveis.

Morar pagando aluguel, enquanto junta dinheiro para comprá-lo à vista, é mais barato do que qualquer financiamento. Você sabia que quase toda agência bancária está em um imóvel que não pertence ao banco que está lá? Às vezes, é mais fácil, mesmo não sendo o mais barato, pagar financiamento.

O imóvel "novo" mais barato para comprar é o "imóvel na planta", que ainda está sendo construído.

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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

O quê é a aposentadoria?

Podemos definir a aposentadoria de várias formas. Abaixo eu deixo as minhas definições favoritas:

- Aposentadoria é juntar dinheiro na juventude para gastar na velhice.
- Aposentadoria é um produto que podemos comprar, assim como uma geladeira, carro ou imóvel.

Aposentadoria é um produto que compramos como quem compra um imóvel, geladeira ou celular.
O celular a gente paga em 12 meses.
A geladeira é do mesmo valor.
Um carro a gente paga em 60 meses
Um imóvel em 240 meses.
Uma aposentadoria a gente compra em uns 420 meses.
Não é milagre. É uma compra.

Aposentadoria é dinheiro acumulado, que a gente gasta um pouco de cada vez.
A gente pode colocar o dinheiro em qualquer conta de investimento.
É extremamente mais saudável pensar que o objetivo dos investimentos financeiros é a atualização e não o lucro. Temos que escolher os que nos dão a "melhor atualização". Os lucros são só chamarizes. O lucro é uma forma de atrair os grandes investidores. Aos pequenos investidores não são oferecidos lucros interessantes. Quem quer viver só do lucro de seus próprios investimentos financerios tende a se decepcionar, quando os investimentos são pequenos, e mentir para si mesmo, quando os investimentos são grandes. No segundo caso, dizem que os altos rendimentos são frutos da capacidade de escolher o melhor investimento. ISSO É MENTIRA. Raramente é consequência desta capacidade. Os altos rendimentos GERALMENTE SÃO consequências de terem grandes investimentos.

Qualquer um pode pagar toda a sua aposentadoria de uma só vez em qualquer idade. Pode ser tanto aos 18 anos quanto aos 60. É só ter dinheiro suficiente para isso.

Muita gente pensa uma coisa e fala outra. Principalmente, os leigos. Se comprar imóvel fosse bom, as agências bancárias seriam instaladas em imóveis próprios e não em alugados, como acontece. Para o pequeno investidor comprar imóvel é investir na baixa liquidez. O foco é a falta de liquidez. O foco é "prender o dinheiro". O aluguel é um dos rendimentos menos compensadores. Conta poupança ainda é o pior, apesar de nunca dar prejuízo.

A aposentadoria não é a consequência natural do trabalho. É a consequência natural do investir. A previdência pública nos força a investir. A gente vê como sendo pagamentos mensais consecutivos. Não são pagamentos, são micro investimentos arrancados dos nossos salários à força. O INSS arranca dinheiro de você e investe pra você em investimento invisível, ou seja, eu sei lá o que fazem com o nosso dinheiro.

Para conseguir juntar 1 milhão de reais em 5, 10, 20 ou 50 anos, a gente precisa ter uma quantidade enorme de dinheiro mensal sobrando.


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